quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Lince-Ibérico (desculpem a demora...)

Pedimos desculpa por todo este tempo em que não publicámos nada, mas a criação de um novo blog (Guten Tag Deutschland) robou-nos tempo para este. Mas, para quem esperou eis o mais votado da sondagem:
Invisível por entre a folhagem, o lince-ibérico é um animal que poucas pessoas se podem gabar de já ter visto. Quando alguém pergunta como ele é, temos logo a tentação de o comparar a um gato. Não há dúvida que é fácil encontrar semelhanças, não só físicas mas também de comportamento. Eles correm, saltam e surpreendem as presas com uma agilidade admirável, fazendo da caça uma espécie de jogo.
São animais de cabeça redonda e focinho curto, com dentes aguçados, adaptados para cortar a carne. Além disso, têm cinco dedos nos membros anteriores e quatro nos posteriores, que terminam com garras retrácteis, e são digitígrados, ou seja, apoiam-se apenas nas extremidades das patas.
Quem tiver a sorte de alguma vez deparar com um lince, chamar-lhe-á a atenção os invulgares pêlos nas extremidades das orelhas, em forma de pincel, as longas patilhas brancas e negras, bem como a cauda muito curta, com a extremidade escura. Notará também que os seus membros altos e vigorosos, com patas que parecem desproporcionadamente grandes e os quartos traseiros mais elevados que o resto do dorso, lhe dão um porte altivo e robusto. A sua pelagem, amarela acastanhada com tons cinzentos e sarapintada de preto, permite-lhe confundir-se com o meio que o envolve.
Distribuição
Esta espécie só se encontra na Península Ibérica, Portugal e Espanha. Em Portugal esta espécie está prestes a ficar extinta. E este problema parece não ter retrocesso, tal é o ponto em que se encontra a situação desta espécie.
A sua distribuição geográfica faz-se por pequenos grupos a viver no Algarve, Vale do Guadiana, Serra de São Mamede, Vale do Sado e Serra da Malcata.
Perigo iminente
O lince ibérico é o carnívoro mais ameaçado da Europa eo felídeo mais ameaçado do mundo, e tudo isto acontece em Portugal, sem que haja verdadeiramente um plano de acção, nem verbas que permitam inverter esta tendência. Actualmente, está reduzido a uma população que se resume a cerca de 30/40 animais, no máximo, a viver em liberdade.
O homem foi o principal responsável por este desaparecimento, devido à caça que lhe deu durante o último século. O desaparecimento do habitat natural destes animais também foi preponderante, não tendo sido, ao longo dos anos, minimamente salvaguardado pelas autoridades responsáveis.
O facto de os poucos animais existentes estarem dispersos por um longo território, leva a que não haja reprodução, e que o fim destes felídeos esteja próximo em território português.
Fontes:

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